quinta-feira, 16 de julho de 2009

FALSO PATROCÍNIO



Quase todas as manifestações artísticas atuais têm patrocinadores. Daí ocorre pensamentos como o de um amigo meu que depois de assistir um espetáculo falou: “... agora eu vou só comprar produtos da empresa tal, pois ela patrocina a Arte e a Cultura.” Não devemos pensar assim, pois todas essas patrocinadoras não decidem apoiar, “emprestar” seu nome para “ajudar” a apresentação/grupo por nada. Elas fazem isso para não pagarem impostos. É isso mesmo, é lei “doar” para não pagar diretamente o imposto, desvia esse dinheiro, às vezes até menos, para “patrocinar” o grupo. É uma forma de isenção do imposto, porém que tem mais lucro para eles, pois o grupo tem de agora, muitas vezes, de forma, excessivamente alegre, dizer, “a empresa tal é nossa patrona”. Mas não enxergam que essa empresa tira lucro ao optar por patrocinar ao invés de pagar imposto, pois por onde quer que vá, o grupo faz assim propaganda. Até chegar o ponto de pessoas, inconscientemente pensarem e falarem coisas “sem sentido”, assim como meu amigo pensou e falou.
Eles usam o patrocínio para não terem que “pagar propaganda”, pois as têm “de graça”. Mas isso não era para ocorrer só porque é lei e sim voluntariamente. Queria ver se não fosse por lei pagar impostos a escolher patrocinar. Como é que seria? E como é que seria se os que decidissem patrocinar fossem “proibidos” de fazer o grupo divulgar sua marca? Será que elas ainda optariam patrocinar?
É claro que não deixa de ser bom ter um patrocínio. É uma boa ajuda para o grupo. Eles estão de certa forma direta ou não, incentivando e promovendo a difusão da arte e da cultura. Mas por haver por trás essa intenção de propagandear, tirar vantagem nessa escolha entre patrocínio ou imposto, é assim esse desvio de dinheiro um falso patrocínio.

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