quinta-feira, 13 de agosto de 2009

PRECONCEITO É FALTA DE CULTURA?



Tenho um amigo que, sempre que passamos por um homossexual, diz o seguinte: ”Rogério, não sei por que mais não gosto de ver essas viadagens, não vou nem mentir pra ficar preto”. Sempre que escuto isso por parte dele fico “p” da vida, fico triste com isso, pois vejo nele a ignorância de muitos tem, ele esta nessa fala demonstrando dois preconceitos: o racial e o sexual.
Para mim, é inaceitável pensar que as pessoas julguem outras por diferenças, gostos e/ou escolha. Estas , assim como ele não teen a consciência que as diferenças devem ser aceitas , pois essas diferenças não são coisas de outro mundo, como alguns falam usando como preceitos a educação familiar e a religião. Também não são coisas erradas até porque essa questão de certo e errado é relativo. O que pra mim é errado, pode ser visto de maneira apenas diferente ou até normal por João, Maria, Raimundo...
Ao longo da história, o preconceito gerou vários conflitos e situações não satisfatórias, como as guerras por causa de rivalidades de igrejas (preconceito religioso), a escravidão (preconceito racial), etc. Mas pior ainda são as pessoas que são de “um jeito” e criticam outras que também estão do mesmo jeito. Compliquei? Pois, para que entenda se melhor vou exemplificar com duas situações: A primeira é que conheço algumas pessoas que são altamente racistas, não vou citar nomes, mas é inaceitável, ainda mais, por elas serem “negras”. Entendeu? Pessoas negras racistas . Em termos de negritude, hoje em dia, devemos falar politicamente correto (bobagem), substituindo a palavra “negros” por afro descendentes. Essa atitude é uma forma preconceituosa de tratamos “negros”. Acho tudo isso uma besteira ate por que a palavra NEGRO/NEGRA é uma palavra muito bonita, tem todo um carinho por trás (Vem cá minha neguinha!). É falta de consciência usar essa palavra para criticar, como esse meu amigo quando diz: “não vou nem mentir pra ficar preto ‘. Como se fosse um castigo ou uma coisa ruim ter a pele um pouco mais escura ou então falar “viado!” para um homem para ofendê-lo como se isso fosse realmente uma ofensa.O outra situação ocorreu no Theatro José de Alencar quando um colega meu do curso de teatro, que é homossexual, criticou outro colega nosso, que também é homossexual assim como ele, pelo seu jeito “afeminado”. Disse que isso era exagero, que não necessariamente por ser gay tinha que se comportar de forma feminina, indefesa , sensível. Não sei quem foi pior, se foi a pessoa “afro descendente” sendo racista ou o homossexual praticando homofobia.Talvez, um não se sobreponha ao outro , os dois estão errados.
Enfim, devemos aprender a aceitar e conviver com as diferenças, independente de qual seja..mas já desde criança pois a culpa não é só nossa , parte dela é da criação/educação que recebemos, mas temos que desenvolver um senso critico a isso. Ensinar a nossas crianças a não terem preconceitos.
E a resposta ao titulo desta crônica é sim, pois ainda vivemos numa cultura machista, com exceção de algumas pessoas - claro, onde a mulher “deve”ser inferior ao homem, onde as escolhas sexual e religiosa são vistas com um olhar torto e o racismo é ainda praticado.

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